MATOPIBA-Apresentacao-169

MATOPIBA

“A última fronteira agrícola”

Com cerca de 73 milhões de hectares distribuídos em 337 municípios, o MATOPIBA é uma região formada pelo Cerrado de 4 estados brasileiros:

MARANHÃO  TOCANTINS  PIAUÍ  BAHIA

Na região, coexistem unidades de conservação, terras indígenas, assentamentos de reforma agrária e áreas quilombolas.

Com incentivos desde a década de 1970 para “desbravar” o interior do Brasil, novas áreas para agricultura foram sendo exploradas. No início dos anos 2000, o MATOPIBA surgiu como “a última fronteira agrícola”

O Estado, em parceria com outros países e o setor privado, passou a distribuir financiamentos, assistência técnica e projetos de irrigação e eletrificação, atraindo ruralistas com intuito de criar núcleos de agricultura na região.

Em maio de 2015, sob o decreto nº 8.447, foi criado o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, com o objetivo de promover e coordenar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico baseado em atividades agrícolas e pecuárias

Hoje, a região é basicamente predominada pela monocultura, na qual o município de Correntina, na Bahia, sintetiza muitas das contradições desse modelo de desenvolvimento.

O índice de concentração de terras de Correntina é de 0,927. Quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade! No Censo de 2010, o IDH de Correntina era de 0,603, bem abaixo da média nacional (0,813)

Esses dados reforçam a lógica de desenvolvimento baseado na exploração intensa de recursos naturais, favorecendo a concentração de terras e riquezas nas mãos de poucas famílias

Enquanto, os indicadores econômicos e sociais pioram para a população, a qual, ano após ano, vem perdendo suas raízes, tradições e subsistência

Dentro dessa lógica, a grilagem de terras e a desigualdade de terras imperam!

É realizada a concessão de terras improdutivas por um preço muito inferior para ruralistas que querem o avanço do agronegócio, enquanto as famílias que vivem ali há anos são expulsas das terras para a formação de latifúndios.

Uma das maiores violências desse conflito é a perda de soberania alimentar, a qual torna a população local cada vez mais vulnerável, ameaçando suas tradições, cultura e sustento

A falta de soberania alimentar na região também afeta as demais localidades do país, que perde em diversidade alimentar, qualidade da água, do solo e do ar, e sua identidade e cultura.

O avanço do agronegócio no MATOPIBA também afeta a preservação do Cerrado, que perde anualmente cerca de 2,2 milhões de hectares

Como este bioma já chegou em seu auge evolutivo, se degradado, dificilmente conseguirá se recuperar em sua totalidade, de forma que há a possibilidade da extinção do bioma em 2030, caso o ritmo do desmatamento continue.

A devastação do bioma também deixa rastros na qualidade e quantidade de água – solos antigos, como do Cerrado, funcionam como uma esponja que absorve e distribui a água

Com a agricultura mecanizada, o solo torna-se mais descampado e compactado, dificultando a penetração de água para o subterrâneo. Com isso, rios, riachos e brejos desaparecem, afetando diretamente o volume dos aquíferos.

O agronegócio está avançando sobre os territórios dos povos tradicionais que vivem na região do MATOPIBA, ameaçando a existência dessas comunidades e a preservação do Cerrado

É preciso estar ciente da ocorrência destes movimentos e pressionar para que sejam adotadas medidas adequadas para minimizar o impacto ambiental e promover práticas agrícolas sustentáveis na região

Referências:
Mathias M [internet]. Matopiba: na fronteira entre a vida e o capital. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – Fiocruz; c2017 [atualizado em 01 jul 2022; acesso em 06 jul 2023]. Disponível em: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/matopiba-na-fronteira-entre-a-vida-e-o-capital
EMBRAPA [internet].

O que é Matopiba? Brasília: EMBRAPA; c2023 [acesso em 06 jul 2023]. Disponível em: https://www.embrapa.br/tema-matopiba/perguntas-e-respostas

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Post por Amanda Piacentini (@amandapiacentinii) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

Principal 05 Corte 60 seg - Quadrado

#05 | Sistemas alimentares do Nordeste

episódio #05

Sistemas alimentares do Nordeste

Os sistemas alimentares do Nordeste, região marcada pelo seu passado colonial da cana-de-açúcar e avanço da agropecuária nos últimos anos, fazem parte de um cenário conflitante. Embora a região tenha ganhado destaque positivo em dimensão ambiental, social e econômica, a insegurança alimentar e nutricional tem afetado diretamente agricultores, que apesar de serem responsáveis pela produção da comida que entra em nossa mesa, vivem em situação de pobreza.  Esses dados foram gerados a partir do estudo do Índice Multidimensional para Sistemas Alimentares Sustentáveis, o MISFS, que tem norteado as discussões dos sistemas alimentares brasileiros nesta terceira temporada do podcast Comida que Sustenta.

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episódio 05

CONVIDADAS & CONVIDADOS

O Encontro Sustentarea do mês contou com a participação especial:

evla ferro2

Evla Ferro

Graduada e Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas; Doutoranda em Ciências Tecnologia Alimentar e Nutrição pela Universidade Católica Portuguesa.

Evla Indica:

Cartinha da Rainha | A “Cartinha da rainha” é uma publicação mensal do Sustentarea desenvolvida pelo grupo Alimentação Brasileira: Mandioca | Inscreva-se para receber: 
cartinhadarainha.substack.com/p/coming-soon

E-book: Memórias da Mandioca | forms.gle/nLwA15kSJ1iRhN7x7

Página do grupo Alimentação Brasileira: Mandioca
|
www.fsp.usp.br/sustentarea/projetos/mandioca/

Principal 05 Corte 60 seg - Quadrado (2)

Fábio Resende

Graduado em Nutrição, com Mestrado e Doutorado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atua como Professor Adjunto e Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gestão Institucional e Políticas Públicas. 

Fábio Indica:

Documentário longa-metragem “Eleições”, que acompanhou estudantes secundaristas nos debates estratégicos de campanha e luta por melhorias na escola, importante para pensar a participação social e o seu poder de transformação. O site ‘Cultura em Casa’ também disponibiliza outros diversos conteúdos interessantes
|
culturaemcasa.com.br/video/eleicoes/ 

Inovaflix, série de 11 episódios, produzida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) | playlist disponível no YouTube

Apresentação

Mariana Hase Ueta
Socióloga, Doutora em Ciências Sociais (UNICAMP). Pesquisadora da Wageningen University & Research na Holanda.

Apresentação

Pâmela di Christine
Graduada em Nutrição pela FSP/USP e Mestranda em Políticas Públicas e Desenvolvimento na UNILA.

E aí, bora cozinhar?

cocada de cupuaçu

ingredientes

Modo de preparo

Caso use a polpa de cupuaçu congelada, descongele em uma panela em fogo baixo, mexendo sempre para que não queime;

Corte e decore com coco ralado para servir.

Por grupo Vivências Biodiversas | Sustentarea.

Quer saber mais?

ACESSE OS LINKS:

Indicações

Artigo original do MISFS-R (em inglês) | link

Materiais Sustentarea

1. Publicação do Sustentarea sobre o MISFS-R | link

2. Como é o sistema alimentar da região Nordeste?
www.instagram.com/p/CtZy85uvShq/

3. Quais são os alimentos mais produzidos na região Nordeste?
| www.instagram.com/p/Ctr0rmqPpEG/ 

4. Como é a alimentação da região Nordeste?
| www.instagram.com/p/Ct-Q2rgL4kV/ 

5. Qual o impacto ambiental do sistema alimentar do Nordeste?
| www.instagram.com/p/CuF50WFPFVv/ 

Episódio também em vídeo, assista!

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine e Mariana Hase Ueta

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Grupo Vivências Biodiversas e Danielle Freitas 

Edição

Mariana Ting

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi, Gabbi Mahfuz
e Katharina Cruz

Impacto-ambiental-do-sistema-alimentar-do-Nordeste-Apresentacao-169

Qual o impacto ambiental do sistema alimentar do nordeste?

O desmatamento e a agropecuária são os setores que mais contribuem para a emissão de gases de efeito estufa no Brasil, correspondendo a 49 e 25% de todas as emissões, respectivamente

Neste post, mostraremos a emissão de CO2 no Nordeste, região marcada pelo passado colonial da cana-de-açúcar e avanço da agropecuária nos últimos anos.

Total de emissões de gases de efeito estufa por estado do nordeste (2021)*

Os principais emissores de CO2 por desmatamento foram Maranhão, Bahia e Piauí, estados que formam a região conhecida como MATOPIBA, que, por sua vez, abriga reservas indígenas, quilombolas, unidades de conservação e assentamentos da reforma agrária

Nos últimos anos, o agronegócio avançou na região, inserindo latifúndios nos quais predominam a grilagem e a distribuição desigual de terras, afetando a preservação do Cerrado.

Total de emissões de gases de efeito estufa por estado do nordeste (2021)*

A Bahia foi a maior emissora de gases de efeito estufa pela agropecuária na região Nordeste, ocupando a 10ª posição em nível nacional.

No estado, estão localizados alguns dos maiores produtores de soja da região. Além disso, a Bahia é o estado com maior criação de bovinos do Nordeste, justificando as maiores emissões de CO2.

Municípios do nordeste que mais emitiram gases de efeito estufa advindos do desmatamento (2019)*

Os 10 municípios que mais emitiram CO2 devido ao desmatamento nessa região estão concentrados, principalmente, no Maranhão, no Piauí e na Bahia.

Esses são os três estados do Nordeste que formam a região do MATOPIBA, evidenciando os impactos ambientais que a atividade agropecuária causa na região.

Municípios do nordeste que mais emitiram gases de efeito estufa advindos da agropecuária (2019)*

Os municípios que mais emitiram gases de efeito estufa advindos da agropecuária estão concentrados no Maranhão e na Bahia, especialmente na porção oeste destes estados

Assim, é possível perceber como a fronteira agrícola tem se expandido do Centro-Oeste para regiões limítrofes, levando consigo um modelo de produção de alimentos que é insustentável.




Post por Gabriel Ferrari (@gabrieltoninf) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano)

Farinhas-de-feira-Apresentacao-169

Você sabe o que as farinhas de mandioca e as feiras têm em comum?

As feiras são espaços historicamente construídos por pequenas e pequenos produtores para que pudessem escoar sua produção, trocar produtos e fazer parceiros.

 

Foto: Wagner Almeida
“Olha a farinha, olha a farinha. Essa é de Bragança! Pode provar meu amor, pode provar”

A farinha é um importante alimento na mesa dos brasileiros, inclusive como o principal ingrediente do prato em alguns locais, e é também protagonista nas feiras, especialmente pelo contato direto entre o consumidor e o vendedor.

Nas barracas da feira

Um punhado de farinha é retirado de cada saca:

– Gostou? Está torradinha? Quer experimentar mais alguma?

Assim se inicia uma troca de relações entre cliente e feirante. Nesse vai e vem de degustação, uma conversa aqui e ali sobre aquela farinha, são criados os laços de proximidade

As farinhas possuem histórias e elementos próprios dos sujeitos sociais que são reforçados a partir do compartilhamento das experiências, de quem produz, vende e consome.

A farinha não pode faltar na mesa dos paraenses, por exemplo, já que ela está presente nos pratos do dia a dia, com peixes, carnes e, principalmente, com o açaí.

Na feira do Ver-o-Peso isso não é diferente, já que a farinha, assim como os seus subprodutos – tucupi, goma (tapioca) e maniva (folha de mandioca), vem principalmente da agricultura familiar.

Foto: Geraldo Ramos

Que tal saber mais sobre as farinhas de feira na Cartinha da Rainha de junho?

Na publicação, você verá como é a relação dos feirantes com as farinhas e vai conhecer um pouco mais sobre o complexo do Ver-o-Peso, em Belém.

Post por Alice Medeiros (@ams.bio)

Explica 09 Estático - Quadrado

Sustentarea Explica | (R)eforma Agrária

Sustentarea Explica

(R)eforma Agrária

Um tema que é preciso aprofundar para opinar: é assim que podemos definir o tema do novo episódio da série especial ‘Sustentarea Explica’, que debate sobre o que é e como funciona a Reforma Agrária, caracterizada por diferentes regras e abordagens, o que deu origem também aos diferentes modelos de reformas já efetivadas mundo afora.

De responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Brasil, a Reforma Agrária é uma importante política pública que visa garantir a democratização e acesso à terra por meio da desapropriação e redistribuição de terras que não cumprem sua função social – definida por lei na Constituição de 1988 – e estão concentradas, em sua grande parte, nas mãos de poucas famílias ou empresas, criando conflitos por disputa territorial que só cresceram ao longo dos últimos anos. 

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Referências

1. Artigo de Eduardo Ernesto Filippi. Experiências internacionais de reforma agrária: entre socialismo e populismo? Versão modificada da apresentação do autor no seminário da UNIARA, 2006 | (link)

2. Artigo de José de Souza Martins. Reforma agrária – o impossível diálogo sobre a História possível. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, São Paulo, 11(2): 97-128, out. 1999 (editado em fev. 2000) | (link

3. Artigo de Sérgio Pereira Leite e Rodrigo Vieira de Ávila. Reforma agrária e desenvolvimento na América Latina: rompendo com o reducionismo das abordagens economicistas. Rev. Econ Sociol Rural, v. 45, n. 3, p. 777–805, jul. 2007 | (link)

4. Livro: Experiências históricas de reforma agrária no mundo – vol 1. João Pedro Stédile. 1º Ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2020 | (link)

5. Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências | (link)

 

6. Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no capítulo III, título VII, da Constituição Federal | (link


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Ficha Técnica

O Podcast Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Patrícia Mello, Nadine Marques, Mariane Hase Ueta e Pamela di Christine

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

COMO-E-A-ALIMENTACAO-NO-NORDESTE-Apresentacao-169

Como é a alimentação da região Nordeste?

Continuando a nossa série de posts sobre o sistema alimentar do Nordeste, hoje vamos falar sobre a alimentação nessa região. Ao mesmo tempo em que os estados que formam a região têm pratos típicos em comum, há também uma grande diversidade culinária dentro de um mesmo território.

A alimentação nordestina é muito diversa e, apenas nessa região, encontramos quatro manchas culinárias distintas

As manchas culinárias são porções do território que constituem regiões para o estudo da alimentação, uma vez que expressam marcas culturais (práticas alimentares) e ambientais (ingredientes de origem animal, vegetal ou fungos) que definem as culinárias.

A Região Nordeste é formada pelas manchas culinárias Amazônica, Costa, Recôncavo Baiano e Sertões.

Mancha Amazônica

É caracterizada pelo uso da mandioca e seus diversos produtos, frutas da floresta e peixes de rio. O açaí é um dos ingredientes-chave nessa mancha, que converge com o bioma da Amazônia. No Nordeste, engloba apenas o estado do Maranhão.

Mancha da Costa

Caracterizada pelo uso de peixes, frutos do mar e leite de coco. É uma zona que converge com o bioma da Mata Atlântica e pode ser observada em todo o litoral nordestino, mas também no Sudeste

Mancha do recôncavo baiano

Caracterizada pelo uso do óleo de dendê, é frequentemente reconhecida como “cozinha de santo”. Fica localizada exclusivamente na Bahia, ao redor da baía de Todos-os-Santos, e é uma zona que também converge com o bioma da Mata Atlântica.

Mancha dos Sertões

A mancha mais presente no Nordeste é caracterizada pelo uso amplo de farinha, feijão, rapadura e outros produtos reconhecidos como tipicamente sertanejos. É uma zona que converge com a Caatinga.

Alimentos típicos da região
  • Vatapá
  • Milho
  • Acarajé
  • Moqueca
  • Beiju de tapioca
  • Bolo de puba
  • Cuscuz



Post por Anderson Alves (@anderson.alvss) e Thamillys Rodrigues (@thamillysrs).

ECO 04 Chamada Video - Quadrado

Sustentarea Eco | Os pontos de atenção dos sistemas alimentares do Centro-Oeste

Sustentarea Eco

Os pontos de atenção dos sistemas alimentares do Centro-Oeste

Os sistemas alimentares brasileiros estão no centro de duas das discussões mais urgentes da atualidade: o combate à fome e insegurança alimentar e o debate ambiental e climático. A região Centro-Oeste é um dos pólos principais desse cenário conflitante devido aos modelos produtivos e à concentração de terra existente na região, onde a agropecuária é uma  das principais atividades econômicas.

Apesar de ser atual, essa discussão vem de um problema antigo, que se agrava aos longos do ano e acabou repercutindo em um estudo que foi publicado no formato de  Nota técnica, fruto da parceria entre Sustentarea, GEIAS e WWF-Brasil. Publicada em novembro de 2022, a nota  recebeu o título “Pop ou Papo? Um estudo sobre o impacto na agropecuária no centro-oeste brasileiro”. 

 

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Material Sustentarea 'ecoado' no episódio

1Nota Técnica “Pop ou Papo? Um estudo sobre o impacto na agropecuária no centro-oeste brasileiro”, publicada em novembro de 2022 | link

Apresentação

Ana Lucia Romito
Graduanda em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

Episódio também em vídeo, assista!

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Ana Lucia Romito

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Ana Lucia Romito e Nadine Marques

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

QUAIS-SAO-OS-ALIMENTOS-MAIS-PRODUZIDOS-NA-regiao-nordeste-Apresentacao-169

Quais são os alimentos ais produzidos na região Nordeste?

O Nordeste possui uma produção razoável de cana-de-açúcar, reflexo do passado colonial, já que esse cultivo foi a base da economia do Brasil por cerca de 200 anos.

Segundo o Censo Agropecuário de 2017, Alagoas foi o estado da região com a maior produção de cana, com pouco mais de 13,6 milhões de toneladas.

Atualmente, a soja é um dos alimentos de maior cultivo no Nordeste. Apenas em 2021, 13 milhões de toneladas desse grão foram produzidas na região

A produção de soja é concentrada nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão, que fazem parte do MATOPIBA – um acrônimo para se referir à região do Cerrado dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Outros alimentos com produção considerável na região são o milho e a mandioca, que fazem parte da culinária nordestina. O milho é produzido, sobretudo, também no MATOPIBA, e a mandioca tem sua maior produção na Bahia e no Maranhão.

Segundo o Censo Agropecuário de 2017, a Bahia é o estado com maior criação de bovinos do Nordeste, com cerca de 8,2 milhões de animais. Em Pernambuco concentra-se a maior criação de aves da região, com 34 milhões.

Na região também destaca-se o cultivo de:

  • coco-da-Baía
  • mamão
  • cacau
  • café
  • laranja
  • melão
  • banana
  • castanha de caju

Podemos perceber que há uma grande diversidade de alimentos produzidos no Nordeste. Apesar disso, a produtividade agrícola da região ainda é a menor do país

Outro ponto de atenção é o avanço do agronegócio no MATOPIBA, responsável por um elevado desmatamento na região que, inclusive, já tem afetado o padrão de chuvas no local.

Post por Roberta Cronemberger (@roberta_cronemberger), Anderson Alves (@anderson.alvss) e Alisson Machado (@alissondmach).

Post-Dia-Mundial-do-Combate-a-seca-Apresentacao-169

Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

O Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca foi criado em 1994 pela Organização das Nações Unidas para despertar a conscientização dos agravantes que essas mudanças podem ocasionar ao planeta.

A data foi criada como um apelo à sociedade como um todo, para maior envolvimento nas ações de combate à degradação dos solos.

Por que falar sobre desertificação e seca?

Em uma publicação recente do IPES-Food, foi debatido como o sistema alimentar predominante causa impactos devastadores para o meio ambiente e para a sociedade. A desertificação e a seca têm sido uma consequência muito grave. Estamos falando de 20 a 40% da área terrestre global considerada moderadamente a severamente degradada

Impactos dessa alteração ambiental

 
O que podemos fazer?

A promoção de sistemas alimentares mais sustentáveis é fundamental para evitar novas áreas de desertificação e seca. Isso inclui práticas de produção que preservem os ciclos naturais do solo, incluindo a rotação de culturas e o uso de técnicas de plantio que não promovam a poluição.

Referência

Clement C [internet]. Desertification, land degradation, and the potential of agroecology (I). Brussels: IPES-Food; c2023 [acesso em 16 jun 2023]. Disponível em: https://www.ipes-food.org/_img/upload/files/AgroecologyDesertification.pdf



Post por Gabi Manzini (@gabi_pman).

Explica 08 Chamada - Quadrado

Sustentarea Explica | (C)ommodity

Sustentarea Explica

(C)ommoditiy

Commodity… Você sabe o que é, como funciona e o seu valor econômico? Neste episódio, você irá conhecer os principais conceitos sobre as commodities, termo associado a um tipo de mercadoria em estado bruto ou produto primário de importância comercial, que não necessitam de uma tecnologia altamente especializada e são produzidas e transportadas em grandes volumes e comercializadas em nível mundial. 

Hoje, o  Brasil é o segundo maior exportador de commodities do mundo, ultrapassando os Estados Unidos na exportação de soja em larga escala. No entanto, esse destaque nacional não é apenas benéfico, já que o pagamento é realizado em dólar, ficando concentrado em poucas mãos do agronegócio.  É nesse cenário cheio de peculiaridades que o 8º episódio do Sustentarea Explica contextualiza e esclarece as principais dúvidas sobre essa dinâmica mercadológica capaz de influenciar todo o desenvolvimento econômico e sustentável do país. 

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Quer saber mais?

ACESSE OS LINKS:

Referências

1. Modelo de formação de preços de commodities agrícolas aplicado ao mercado de açúcar e álcool (link) 

2. Ciclos e previsão cíclica dos preços das commodities: um modelo de indicador antecedentes para a commodity açúcar (link) 

3. Análise de padrões de comportamento de preços com fins de projeção de receita: testes estatísticos em uma série temporal de preços da commodity cobre (link)

4. As commodities e seu impacto na economia do Brasil | Nexo Jornal (link)

5. Alta no preço dos alimentos é consequência do agronegócio, diz porta-voz do Greenpeace (link)

Episódio também em vídeo, assista!

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Patrícia Mello, Nadine Marques, Mariane Hase Ueta e Pamela di Christine

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Copia-de-Cluster-C-MISFS-R-Apresentacao-169

Como é o Sistema Alimentar da região Nordeste?

Como já mencionamos em posts anteriores, o Índice Multidimensional de Sistemas Alimentares Sustentáveis Revisado para o Brasil (MISFS-R) é uma ferramenta criada para avaliar a sustentabilidade dos sistemas alimentares do país

A avaliação é feita a partir das quatro dimensões do sistema alimentar: ambiental, social, econômica e nutricional.

Neste post, abordaremos o sistema alimentar da Região Nordeste, composta por Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

Esses estados foram agrupados de acordo com semelhanças no sistema alimentar. Veja mais  a seguir!


No ranking geral, 4 estados do Nordeste estiveram entre os 5 piores avaliados no índice: Ceará, Bahia, Alagoas e Maranhão

 

O baixo desempenho da região pode ser explicado pelo passado colonial da cana-de-açúcar, que concentrou as terras nas mãos de poucas pessoas, com impacto negativo até os dias atuais.

Apesar de esforços que tiveram por objetivo desenvolver a região, sobretudo nas últimas décadas, o Nordeste ainda apresenta resultados que estão abaixo do seu potencial.

Frente a este cenário, estes estados necessitam investir em autonomia industrial e tecnologias para aumentar a resiliência agrícola em regiões de seca, além de melhorar o acesso aos cuidados em saúde, incluindo a alimentação.



Post por Gabriel Ferrari (@gabrieltoninf) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

CARTINHA-DA-RAINHA-MAIO-OPCAO-2-Apresentacao-169

Você conhece a cultura das casas de farinha?

O processo de transformação da mandioca em farinha ocorre em um lugar de importância histórica e cultural para os brasileiros: as casas de farinha! São nesses espaços que acontecem também a fabricação de outros subprodutos da mandioca, como o tucupi, a fécula, o beiju, a tapioca e a farinha de tapioca.

Embora o preparo de alimentos seja a primeira ideia que nos vem à mente quando pensamos nesses locais, elas também representam a produção de conhecimento, relações sociais e de gênero, e o exercício de uma cultura que ultrapassa gerações.

As casas de farinha, além de serem o lugar onde ocorre a transformação da mandioca em farinha, também são um espaço de partilhas e encontros, uma vez que reúnem famílias e moradores de uma vizinhança para contribuir com as atividades.

As farinhadas

Conhecidas como o ato de produzir artesanalmente a farinha, muitas das farinhadas são acompanhadas pelas cantadas, prática que ocorre com música e festejo que, no passado, simbolizavam atos de resistência à escravidão.

O ato de cozinhar é apontado como uma luta cotidiana, em que as cozinheiras, ao prepararem comidas para as suas senhoras, excediam a quantidade de temperos, como o limão e a pimenta, com o intuito de transformar a refeição em um momento de desconforto.

Joceneide Santos (2004), em seu trabalho, conta como no século XIX essa prática ocorria na vila de Lagarto, em Sergipe, com a seguinte música:

A moqueca pra ser boa

Há de ser de câmara;

Os temperos que ela leva 

São pimenta com limão

A moqueca pra ser boa

Há de levar dendê;

Nos beicinhos de iaiá

Há de queimar e doe

Para os Potiguaras, as casas de farinha não são apenas espaços de produção dos alimentos, mas também onde ocorre a transmissão de conhecimentos entre mães e filhas, pais e filhos… ou seja, a casa de farinha representa uma relação afetiva e social que aproxima toda a aldeia.



Post por Suany Silva (@suany.ms) e Gerson Nogueira (@prof.gersonog).

Principal 04 Chamada - Quadrado

#04 | Sistemas alimentares do Centro-Oeste: o agro é mesmo pop?

episódio #04

Sistemas alimentares do Centro-Oeste: o agro é mesmo pop?

Os sistemas alimentares do Centro-Oeste, uma região conhecida como o “coração do agro” no Brasil, são caracterizados por uma lógica de produção de alimentos por  cultivo único em grandes extensões de terra. Mas, apesar de ser a principal atividade econômica da região, o que faz do Centro-Oeste um dos maiores exportadores do país, os potenciais benefícios do agro não alcançam a maior parte da população. Esse cenário foi destaque do estudo conduzido por pesquisadores do Sustentarea com apoio do WWF-Brasil sobre o Índice Multidimensional de Sistemas Alimentares Sustentáveis Revisado para o Brasil ​​(MISFS-R), discutido no terceiro episódio principal desta temporada.

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episódio 04

CONVIDADAS & CONVIDADOS

O Encontro Sustentarea do mês contou com a participação especial:

alisson machado

Alisson Machado

Nutricionista; Pesquisador de pós-doutorado na Faculdade de Saúde Pública da USP. Mentor e editor da Revista Sustentarea.

 

Alisson Indica:

Livro de Caio Pompeia. Formação política do agronegócio. São Paulo: Editora Elefante, 2021. 392 p. | link

Livro de Ladislau Dowbor: Resgatar a função social da economia – Uma questão de dignidade humana, 2022. | link

1672248647895

César Favarão

Pesquisador do Cebrap Sustentabilidade e Doutorando no programa de Pós-graduação em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC.

César Indica:

Livro organizado por Arilson Favareto: Entre chapadas e baixões do MATOPIBA – Dinâmicas territoriais e impactos socioeconômicos na fronteira da expansão agropecuária no Cerrado | link 

Relatório: Inclusão produtiva do Brasil rural e interiorano 2022 | link

 

Apresentação

Nadine Marques
Nutricionista, mestre e doutoranda em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

Apresentação

Pâmela di Christine
Graduada em Nutrição pela FSP/USP e Mestranda em Políticas Públicas na UNILA.

E aí, bora cozinhar?

MOUSSE DE MURICI

ingredientes

Modo de preparo

Por Sustentarea UFG | @sustentareaufg

Quer saber mais?

ACESSE OS LINKS:

Indicações

Nota Técnica: “Pop ou papo? Um estudo sobre o impacto da agropecuária no centro-oeste brasileiro” | link 

Publicação: Agro é pop ou papo? | link

Material Sustentarea

1. Publicação do Sustentarea sobre o MISFS-R | link

2. Como é o sistema alimentar do Centro-Oeste expandido? | link

3. Quais são os alimentos mais produzidos no Centro-Oeste expandido? | link

4. Como é a alimentação do Centro-Oeste expandido? | link

5. Qual o impacto ambiental do sistema alimentar do Centro-Oeste expandido? | link

Outros projetos

Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – CEBRAP | Instagram

Episódio também em vídeo, assista!

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Nadine Marques e Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Sustentarea UFG e Danielle Freitas 

Edição

Mariana Ting

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

post-05-junho-Dia-Mundial-do-Meio-Ambiente

05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente

O que é o PL 490… E como isso afeta os povos indígenas e o meio ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, sediada em Estocolmo, na Suécia, com início em 05 de junho de 1972

Diante de uma data tão importante, não poderíamos deixar de valorizar os saberes e vivências dos povos indígenas para a preservação do meio ambiente.

O modo de vida dos povos originários e a sua relação com a terra são um exemplo para a manutenção do meio ambiente. Entretanto, esses povos estão enfrentando uma grande luta por seus direitos, o projeto de lei (PL) 490.

Apresentado pelo ex-deputado federal Homero Pereira, o PL tem como proposta trazer para o Poder Legislativo a competência da demarcação das terras indígenas no Brasil. Atualmente, esse procedimento é feito pelo Poder Executivo Federal.

Recentemente, o PL recebeu um texto substitutivo do deputado Arthur Maia. O novo texto autoriza a exploração hídrica e a expansão da infraestrutura viária e de alternativas energéticas, além de atividades garimpeiras e mineradoras sem exigir consulta às comunidades indígenas ou à Funai.

Também permite contato flexível com povos isolados, proíbe a ampliação de terras já demarcadas e estabelece a teoria do marco temporal, que limita o ocupação às terras em 05 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal

Em um post comemorativo, mostramos como se deu a luta pelo reconhecimento dos direitos do povos indígenas no Brasil.

Apenas em 1988 a Constituição Federal reconheceu o direito à terra dos povos originários, competindo à União demarcá-las, protegê-las e fazer respeitar todos os seus bens.

A Constituição assegura que os povos indígenas podem utilizar os recursos naturais de suas terras para atender as necessidades internas das comunidades e garantir a subsistência, desde que não seja comprometida a sustentabilidade do meio ambiente, o que tem sido cumprido

Com o PL 490/07 avançando para Senado, existe uma ameaça para o processo de demarcação das terras indígenas e do modo de vida desses povos.

Além disso, esse PL representa um retrocesso na preservação do meio ambiente, já que o seu objetivo é permitir a exploração de terras de biomas que já tem sofrido com o desmatamento e grilagem ilegais, como a Amazônia e o Cerrado.

Assim, é necessária uma permanente resistência e mobilização da população, assumindo nosso dever à favor da dignidade e a igualdade de todos, sobretudo dos povos originários.



Post por Gabi Manzini (@gabi_pman) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

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Receita: Farofa com feijão guandu

Você já experimentou o feijão guandu?

Também conhecido como feijão andu, por não ser usual na cozinha brasileira, ele é considerado uma PANC – planta alimentícia não convencional. Essa leguminosa é geralmente consumida na região central do Brasil, e a farofa com feijão guandu é uma receita típica deliciosa!

Veja como preparar e comente aqui: com ou sem uva-passa? 👀

Ingredientes

  • Cebola
  • Dentes de alho
  • Feijão guandu/andu
  • Farinha de mandioca
  • Couve
  • Sal
  • Azeite
  • Cheiro verde
  • Uva passa (opcional)
  • Açafrão da terra em pó

Modo de preparo

  1. Pique a cebola e o alho e refogue;
  2. Enquanto refoga, acrescente o sal e o açafrão da terra em pó;
  3. Regue tudo com azeite;
  4. Acrescente o feijão guandu cozido (ele precisa estar ainda um pouco durinho para dar crocância à farofa);
  5. Corte a couve em tiras finas e acrescente na panela, deixando-as murcharem um pouco;
  6. Acrescente a uva-passa;
  7. Adicione a farinha de mandioca;
  8. Por último, coloque cheiro verde a gosto.