Sistemas alimentares tradicionais originários - Oficial (Apresentação (169))

Sistemas alimentares dos povos originários e tradicionais

Quando falamos em povos originários e tradicionais, o que vem à sua mente? Você já parou para pensar em como se dá o processo de produção, aquisição e consumo de alimentos nessas comunidades?

Ao falarmos em sistemas alimentares, vemos as diferentes bases econômicas, políticas, ambientais e culturais que os sustentam. Apesar de a maior parte dos sistemas alimentares atuais serem no modelo globalizado capitalista mercantil, existem alternativas de produção menos agressivas ao meio ambiente e mais sustentáveis

Um exemplo são os sistemas alimentares dos povos originários e das comunidades tradicionais. Mas, antes de nos aprofundarmos nos sistemas…

O que são povos e comunidades tradicionais?

“Grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.”

Inciso I, do artigo 3, Decreto 6.040

No Brasil, são exemplos de comunidades tradicionais os povos indígenas, quilombolas, caatingueiros, ribeirinhos, caiçaras, ciganos e povos de terreiros. Apesar de tão diversos, possuem uma característica muito importante em comum: o respeito e cuidado com seu entorno, conscientes de suas relações com o ambiente.

Com seus conhecimentos ancestrais, os povos indígenas são um exemplo valioso desse equilíbrio e respeito ao ambiente em que a comunidade habita.

No sistema alimentar indígena, a interação de homem com a natureza oferece não apenas qualidade de nutrientes à comunidade, mas também benefícios à saúde ao atingir dimensões socioculturais, mentais e espirituais.

Os povos indígenas valorizam a biodiversidade alimentar e, a partir de seu uso, garantem a sua segurança alimentar e nutricional.

Ao plantar os mais diversos tipos de alimentos, utilizando os saberes de seus ancestrais passados pela oralidade e prática, alternando diferentes tipos de caças, as tribos alcançam um nível de equilíbrio que permite a sustentabilidade da comunidade.

Mesmo dentro de suas especificidades, todos os povos buscam manter um sistema sustentável em cada atividade considerando o uso do solo, a fauna e a flora ao seu redor.

O pensamento foge da lógica de quantidade, mas foca na diversidade e qualidade, além do uso sustentável.

São esses conhecimentos que garantem a sustentabilidade do sistema alimentar:

    • Respeitar o tempo de se plantar e colher cada alimento
    • Unir diferentes tipos de alimentos para nutrir o solo e proteger contra pragas
    • Saber quais arvores frutíferas plantar apenas consumo e quais atraem animais para facilitar a caça

E nos deixam a seguinte reflexão

Um caminho mais sábio para garantir a segurança alimentar e prosperidade da população, seria voltar o olhar aos sistemas alimentares dos povos originários

A partir desses conhecimentos, é possível pensar em soluções mais sustentáveis para os sistemas locais e globais

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