No mês passado atingimos uma marca histórica – agora somos 8 bilhões de pessoas habitando o planeta. Mas isso, de fato, é relevante? O mundo seria um lugar diferente se fôssemos 4 ou 12 bilhões?
É isso que Somini Sengupta, repórter do clima, abordou em uma matéria publicada recentemente no The New York Times. Veja o resumo feito pelo Sustentarea!
Somos 8 bilhões de seres humanos, mas poderíamos ser 4, 10 ou até mesmo 12. O que importa mais é COMO vivemos e não o QUANTO somos
A maneira como produzimos, consumimos e desperdiçamos está fortemente ligada às mudanças do clima, que já são uma realidade e colocam em risco a nossa própria existência
Para ilustrar esse cenário, vamos comparar alguns dados da Índia e Estados Unidos
Enquanto o primeiro país tem quase 1,4 bilhão de habitantes, os Estados Unidos têm cerca de 332 milhões, ou seja, 23,7% da população da Índia
Apesar disso, os Estados Unidos emitem 5 vezes mais gases de efeito estufa
Isso não é uma exceção
Os países que concentram apenas 12% da população mundial são responsáveis por 50% das emissões totais de gases de efeito estufa em todo o mundo
Segundo a Oxfam, o conjunto do 1% mais rico do mundo – 63 milhões de pessoas – emite duas vezes mais gases de efeito estufa do que os 3 bilhões mais pobres
O que podemos (e devemos) fazer a respeito?
O nosso modo de viver e consumir deve mudar
Precisamos usar mais transporte público, reconsiderar as fontes de energia, desperdiçar menos alimento, mudar o que comemos e parar de desmatar, só para citar alguns exemplos
E quando devemos fazer?
O mais rápido possível. É consenso que devemos reduzir a emissão de gases de efeito estufa pela metade ainda nesta década. Ou seja, temos apenas oito anos para isso
Chegar a 8 bilhões de habitantes é uma conquista e fruto de uma série de fatores relacionados à melhora das condições de vida. Agora, cabe a nós preservar esse feito!
O texto original, em inglês, está disponível em http://www.nytimes.com/2022/11/18/climate/the-population-question.html
Post por Alisson Machado (@alissondmach).