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Tudo que você precisa saber sobre o novo Relatório do IPCC

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O novo relatório divulgado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) trouxe consigo um cenário alarmante:  mudanças climáticas com impactos que podem ser irreversíveis se não começarmos imediatamente a implementar medidas para a redução de danos ambientais.

Para que vocês entendam, o IPCC é liderado por cientistas pré-estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar toda a ciência global relacionada às mudanças climáticas. Em 32 anos de existência,  já publicou cinco relatórios de Avaliação: o FAR (1990); o SAR (1995); o TAR (2001); o AR4 (2007); o AR5 (2013); e por último o AR6, que começou a ser publicado em 2021 e reúne as informações técnicas do grupo 3 (um dos 5 grupos que formam o IPCC) com os conhecimentos relacionados às ameaças que já estamos enfrentando hoje e também com o que podemos fazer para limitar aumentos de temperatura ainda mais preocupantes, a fim de evitar uma catástrofe a todo o planeta.

Foto Extraida Canva

O principal objetivo é que possamos formar políticas públicas que sejam capazes de combater as mudanças do clima que vem ocorrendo, mas para isso é preciso primeiro compreender quais são. Por este motivo, nós do Sustentarea, separamos os tópicos mais importantes que foram detalhados nesse documento:

  • Só na última década, tivemos o maior crescimento de emissões de gases estufa da história, atingindo cerca de 9,1 bilhões de toneladas a mais que na década anterior.
  • Já emitimos 2,4 trilhões de toneladas de CO2 até hoje, sendo que 42% desse número ocorreu entre 1990 e 2019.
  • As emissões globais de gases de efeito estufa atingirão seu pico em 2025, e precisam ser reduzidas pela metade até 2030.
  • As políticas públicas já existentes levarão o Planeta a um aquecimento de 3,2ºC, mais do que o dobro do limite necessário para que o aquecimento global seja estabilizado.
  • A produção de carbono gerada pelo setor industrial e pela queima de combustíveis fósseis precisaria de uma queda 25 vezes maior do que a atual para atingir a meta de 1,5ºC de temperatura necessária para estabilizar o aquecimento global.
  • A infraestrutura fóssil que temos hoje precisaria ser erradicada ou compensada para permitir o cumprimento da meta de 1,5ºC, o que pode impactar nos investimentos mundiais feitos em ativos como o petróleo, pré-sal, etc.
  • O uso da terra (redução da agropecuária e cessação de desmatamentos) tem potencial para reduzir as emissões de até 14 bilhões de toneladas até 2050.
  • A incorporação de conhecimentos indígenas às políticas públicas pode garantir a redução de gases de efeito estufa.
Foto extraída Canva

Com isso, podemos concluir que a emergência climática com a qual nos deparamos hoje requer a redução substancial do uso de combustíveis fósseis, preservação de florestas, uso de energias renováveis e uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio. Além disso, o relatório também incentiva a adoção de dietas saudáveis e sustentáveis, que promovam um baixo impacto ambiental.

Vocês sabiam que uma dieta baseada em alimentos de origem vegetal pode reduzir, e muito, o impacto ambiental? 

Como dizia Michael Pollan, escritor norte-americano, autor de O Dilema do Onívoro: “a adoção de uma dieta vegetariana em apenas um dia da semana por toda a população dos Estados Unidos seria o equivalente a tirar 20 milhões de carros da estrada.”

Entendem o porquê a nutrição é política, econômica, cultural e também essencial à sobrevivência humana? Talvez não consigamos mudar o mundo, as políticas, e tudo o que precisa ser cessado nesse primeiro momento. Mas, podemos fazer a nossa parte contribuindo para o meio ambiente em prol de um mundo melhor.

Eis aqui 4 dicas do que você já pode fazer hoje, começando por sua alimentação:

1 – Reduzir o consumo de carne, o que já reduz os gastos com a sua produção, diminui desmatamentos e também a poluição ambiental pelo metano.

2- Reduzir o consumo de produtos e alimentos industrializados, o que gera uma menor produção de carbono pelo setor industrial.

3- Produzir menos lixo – o reaproveitamento de alimentos ou o consumo integral destes seria uma boa estratégia para começar.

4- Priorizar alimentos orgânicos e agroecológicos.

 

 

Querem saber mais sobre o que podem fazer para contribuir para o meio ambiente?

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Esse post foi escrito por mim,

Ingrid Watson, membra do Sustentarea
Nutricionista Clínica e Pós-Graduanda em Nutrição Clínica.

“A alimentação sustentável é um tema que precisa ganhar mais espaço em um mundo que se depara com uma emergência climática tão substancial como a que vemos hoje”

 

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