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Artigo evidencia a escassez de estudos sobre efeitos dos desastres naturais no campo da saúde pública

Crise climática provoca maior enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Thales Renato / Midia NINJA

Um artigo de revisão de literatura, recém-publicado pela Hygeia – Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, evidencia a escassez de estudos sobre efeitos de desastres naturais no campo da Saúde Pública brasileira. A partir de uma busca na PubMed®, que é uma biblioteca virtual de literatura biomédica, com a utilização dos descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), foram encontrados apenas seis estudos relacionados, sendo que apenas cinco foram selecionados pelo escopo da pesquisa. 

O artigo é liderado pela estudante de pós-doutorado do Programa de Saúde Global e Sustentabilidade Sofia L. Oliver e pela egressa do programa Keila V. Santana, sob supervisão da professora Helena Ribeiro, do Departamento de Saúde Ambiental da FSP-USP.

“Os resultados evidenciaram a escassez de estudos sobre efeitos de desastres naturais no campo da Saúde Pública brasileira. É bom lembrar que os desastres climáticos foram os mais recorrentes e os hidrológicos foram os que causaram maior número de vítimas, tanto de desalojados, quanto de óbitos, no Brasil”, ressalta a professora Helena Ribeiro.

O trabalho traz à discussão a necessidade de trazer as ciências da saúde para as análises voltadas aos desastres naturais de forma sistemática. O desastre que ocorre atualmente no Rio Grande do Sul pode servir de alerta para a urgência de uma maior produção voltado à temática

O artigo  “Desastres naturais e saúde: uma revisão sistematizada de literatura” está disponível na íntegra e faz parte da coletânea da Edição Especial: XI Simpósio Nacional de Geografia da Saúde (GEOSAÚDE).