Entre todas as doenças, a cárie dentária é a condição mais prevalente no mundo, afetando 2,4 bilhões de pessoas e, no Brasil, 65 milhões de pessoas. A falta de acesso às estratégias populacionais de uso de fluoretos e às estratégias populacionais de restrição do consumo de açúcares, por exemplo, deixam o caminho livre para a produção da doença em muitas populações, afetando gravemente as pessoas mais vulnerabilizadas, ressalta o professor Paulo Frazão, do Departamento de Política, Gestão e Saúde da FSP-USP, convidado do 9º episódio do Saúde É Pública, o podcast da FSP-USP.
Área de conhecimento, lugar de emancipação social ou, ainda, campo de políticas e práticas, a saúde bucal coletiva parece permanecer relegada a segundo plano nas políticas previstas no Sistema Único de Saúde.
“Se considerarmos que qualquer doença ou agravo bucal em nível populacional é produzido também por condições sociais, ou seja, é socialmente produzido, nós vamos perceber que a assistência odontológica individual, embora importante para controlar os danos decorrentes das doenças bucais nos indivíduos que conseguem acessá-la, é insuficiente para controlar os riscos decorrentes dessas condições sociais, afirma Frazão.
De acordo com o professor, o Brasil ainda está longe de assumir um projeto civilizatório sustentável para enfrentar as doenças na população por meio de conhecimentos de sólida base científica e medidas de amplo apoio social.
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Saúde É Pública – o podcast da FSP-USP
Episódio 9:Saúde bucal coletiva, um direito desconhecido
Com: Prof. Paulo Frazão, do Depto. de Política, Gestão e Saúde da FSP-USP
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