Todo filme ocorre numa penumbra que brinca com a ideia de quase nunca as pessoas negras serem vistas pela sociedade em lugares de afeto, amor, conquistas, realizações e sucesso! A atriz corporifica e vocaliza opressões vividas pelas nossas ancestrais arrancadas de sua terra para serem escravizadas e atualiza essas violências trazendo elementos de suas vivências pessoais e afetivas. Apesar da dor e do sofrimento… celebremos! Estamos vivas, vivos, vives! Tiremos esse peso de nossas costas e o entreguemos à branquitude. Leveza, auto estima, amor preto. Naveguemos para dentro, nosso corpo nos pertence! Que possamos largar a pose de guerreiros e nos apoderar enquanto princesas e príncipes de novo, de novo e de novo para honrar nossos ancestrais.
Nataly Souza