CPaS-1 – Coletive de Pesquisa em Antropologia, Arte e Saúde Pública

Aluna da FSP-USP ganha o 2º Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos

Matéria originalmente publicada no site da FSP-USP.

Beatriz Oliveira Santos, aluna do curso de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, foi premiada no 2º Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos (PRADH) na área de Ciências Biológicas e da Saúde, por sua pesquisa de graduação “Prática de Aleitamento Exclusivo Entre Pessoas em Situação de Cárcere no Brasil: Revisão de Escopo da Literatura”. O estudo, orientado pela professora Bárbara Hatzlhoffer Lourenço, do Departamento de Nutrição da FSP-USP, teve a co-autoria da aluna de Melissa Yasmin Alves Tarrão, do mesmo curso. 

A pesquisa, que ainda não foi publicada, concluiu que o Estado brasileiro falha em oferecer condições dignas para assegurar e incentivar o aleitamento exclusivo no ambiente carcerário, descumprindo as orientações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos.

Para fazer a revisão, o projeto levantou 192 artigos, dos quais foram selecionados 21 deles, relacionados às áreas de Saúde e Direito. Dos estudos incluídos, 90% foram publicados entre 2010 e 2020, conduzidos em 8 estados (São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Amapá, Pará, Pernambuco, Paraíba e Bahia) com mulheres entre 20 e 57 anos de idade, solteiras e em regime fechado com compartilhamento da prisão com filho. A maioria foi encarcerada por crimes não violentos, como furto e tráfico de drogas.

 

Cartaz do 2º Prêmio RADH. [Imagem: Reprodução/@odh.unicamp]

 

O Instituto Vladimir Herzog e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgaram a lista completa de premiados na última quarta-feira, 27 de abril. Além da pesquisa, outros 12 trabalhos de graduação, mestrado e doutorado stricto sensu foram selecionados. A cerimônia de premiação será transmitida no dia 26 de maio pelos canais do Youtube da Diretoria Executiva de Direitos Humanos e do Instituto Vladimir Herzog.

O PRADH foi criado em 2020 para reforçar o compromisso da universidade com a defesa dos Direitos Humanos no Brasil e incentiva a criação e a difusão de conhecimentos que contribuam para a proteção e a promoção da dignidade da vida e de todas as formas de existência.